“… Eu adoro
todas as coisas
E o meu coração é
um albergue aberto toda a noite.
Tenho pela vida
um interesse ávido
Que busca
compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo
tudo, empresto humanidade a tudo,
Aos homens e às
pedras, às almas e às máquinas,
Para aumentar
com isso a minha personalidade.
Pertenço a tudo
para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha
ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança
a quem ama beija.
Eu amo todas as
coisas, umas mais do que as outras, não nenhuma mais do que a outra,
mas sempre mais
as que estou vendo, do que as que vi ou verei.
Nada para mim é
tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma
grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto,
enterneço-me, mas não sossego nunca…”
Fernando Pessoa
imagem da internet |
K&H
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