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terça-feira, agosto 08, 2006
Saudade... e Canção da América
... esta palavra tipicamente lusa mas de essência global!
Um sentimento que surge do mais pequeno gesto, da mais simples melodia, da mais inesperada palavra, da inusitada imagem, da mais suave cor, um chorar, um riso ou uma gargalhada que nos evoca "coisas que já lá vão"! Que por breves momentos, algumas horas ou por dias, nos farão fazer aquela viagem ao passado, entretendo-nos ou para quiçá de tais memórias retirar algo que nos ajude a compreender o presente...
Para mim esta palavra está ligada intimamente com o verão, é um sentimento sazonal! É nesta altura que a mente divaga mais (talvez para arrefecer!) "desprende-se da sua caixa craniana" e vagueia ao balanço das ondas de calor,... praia, passeios, amores, decepção, quedas, música, sons (do mar, da brisa nas folhas das árvores, risos, choros...), azul, verde, vermelho, preto ... buzinas...
e derrepente aquilo que faz finalmente fazer correr lágrimas pela face abaixo, a bela melodia do Miltom Nascimento:
“Canção da América”
"Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa pra se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir a voz do coração
Pois seja o que vier
Venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar
Qualquer dia amigo a gente Vai se encontrar."
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