terça-feira, fevereiro 18, 2014

[Filme] "Don Jon" - recomendo.


Don Jon
Categoria: comédia romântica.
Escrito e dirigido por Joseph Gordon-Levitt
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Scarlett Johansson, Julianne Moore, Brie Larson e Tony Danza.

Alugámos este filme no Zon Video Clube, na passada 6ª feira, mais ao gosto dele que meu (confesso!).
Surpresa das surpresas, deliciei-me com a narrativa. O filme trata de tudo que o trailer apresenta, mas consegue ter uma abordagem que cativa e nos prende do princípio ao fim!
É real, actual e acima de tudo, humano!
O Joseph Gordon-Levitt está excelente no papel de "macho-latino" (vence e convence) e na minha modesta e sincera opinião tem futuro tanto como ator como diretor.
A Scarlett Johansson, que quanto a mim é uma atriz de calibre, como Hollywood já não produzia à muito tempo, está maravilhosa no papel de namoradinha-domesticadora!
À sério, acho-a fantástica, ela tem uma capacidade de interpretação fenomenal das personagens que lhe cabem e de se diversificar sem ser igual a ela mesma...
A Julianne Moore dispensa apresentações; e matam-se as saudades de ver o Tony Danza, um pouco mais velho é certo, mas o papel assenta-lhe como uma luva!
A história trata "basicamente" de como se estabelecem as relações pessoais e sociais entre as pessoas, das suas dinâmicas complexas e nos faz refletir sobre como nos vemos a nós próprios e a percepção que temos dos outros.
Reforça aquela "velha ideia" de que se é verdade que não podemos mudar os outros ou o mundo, também é certo que temos  a capacidade de amadurecer e o poder para  mudarmos o nosso modo de pensar e a nossa atitude em relação à vida e ao que nos rodeia.

Por fim, sabem quando vemos um filme que ficamos depois uns tempos a pensar no enredo e nas personagens e etc., é algo que acontece-me sempre que vejo filmes com um profundo teor humano, recordei-me de umas palavras do Vargas Llosa (em A Civilização do Espetáculo*) que fui recuperar e transcrevo abaixo:


« (...) separado das outras actividades e funções que constituem a existência, o sexo é extremamente monótono, de um horizonte tão limitado que em última análise acaba por ser desumanizador. Uma vida polarizada pelo sexo, e só por ele, rebaixa esta função a uma actividade orgânica primária, não mais nobre nem agradável do que o engolir ou o defecar. Só quando a cultura o civiliza e o carrega de emoção e de paixão, e o reveste de cerimónias e rituais é que o sexo enriquece extraordinariamente a vida humana e os seus efeitos benfazejos se projectam por todos os recantos da existência. (...) »

Vou fazer um post sobre este livro assim que o acabar de ler.

K&H

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