Os teus olhos são vitrais
Que mudam de cor com o céu
E quando sorriem iguais
Quem muda de cor sou eu
Tomara teus olhos vissem
O amor que tenho por ti
Nem o entardecer me acalma
Na ânsia de te ter aqui
E o perfume, o incenso
Os ecos de uma oração
Misturam-se num esboço imenso
Apagam-se na solidão
Fui para um templo de pedra
Escolhi um local isolado
Que me faça esquecer tua voz
Que me faça acordar do passado
Escondida em sitio sagrado
E não me apetece o perdão
Devo estar enfeitiçada
Náufrago do coração
Não sei se perdoo o meu fado
Não sei se consigo enfim
Um dia esquecer que teus olhos
Sorriem mas não para mim.
Ecos na Catedral, in movimento - Madredeus
Crédito da imagem: http://vitrais.com.sapo.pt/Pinturas/ArteFalsoVitral_Rectangulos_Small.jpg
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